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Foto do escritorVanessa Meirelles

Quando o assunto é uso do celular ... Será que ainda é tempo de aprender algo novo, aí na sua casa?

Atualizado: 17 de nov.


Não é de hoje que o debate em torno do uso do celular nas escolas é acirrado: uns são contra, outros a favor e muitos ainda gostariam de poder pensar, com mais calma, sobre o que afirmou o Ministro da Educação ao jornal Folha de São Paulo no dia 23 de setembro de 2024: 


 “Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma ‘recomendação’ seria muito frágil. Nosso objetivo é oferecer às redes de ensino segurança jurídica para que possam implementar as ações que estudos internacionais já apontam como mais efetivas, no sentido do banimento total” 


Na ausência do consenso a saída do governo federal avançou na direção do banimentos dos celulares:  “ o projeto será analisado em breve, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proibição precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores (Fonte: Agência Câmara de Notícias) 


Mas o que isso quer dizer, na prática, quando o assunto é a função social da escola e o desenvolvimento da capacidade de auto-regulação dos alunos?


Enquanto especialistas no assunto afirmam que o equipamento precisa ter uma função educacional para continuar sendo bem-vindo às salas de aula,  as famílias, por sua vez, argumentam que é preciso ensinar aos jovens o bom uso do equipamento - muitos pais e mães revelam sua dificuldade de impor regras e limites a seus filhos. 


Talvez esse seja mais um daqueles momentos em que as perguntas são mais valiosas do que as respostas - vamos a algumas elas?


  1. O que pensa e diz seu filho (a)  quando o assunto é o uso do celular na escola? Quais argumentos ele(a)  é capaz de utilizar para defender seu próprio ponto de vista?

  2. Quem decide por quanto tempo  - e o momento - em que o celular é bem-vindo na sua rotina familiar? Os adultos? As crianças/jovens? A decisão é partilhada entre os membros da família?  E quando não há consenso, quem tem a palavra final?


Por último e não menos importante…


  1. Como oferecer apoio a quem sofre pela ausência do celular sob a perspectiva da saúde mental?


Co-construir o espaço para o fomento à autonomia de nossa juventude passa necessariamente por ouví-la, permitindo que todos se afastem das respostas vazias e do senso comum que,  muitas vezes, na pressa por  respostas rápidas e fáceis, nos faz a todos refém das receitas prontas, da  palestra com a  "dica, da vez" ,  roubando de cada um de nós a oportunidade para que,  junto com os mais jovens,  sejamos capazes de (re) aprender  o que é  "viver melhor ".


O primeiro  e mais potente passo é descobrir  o que deve ser enfrentado:  ainda é tempo de aprender aí na sua casa?



Abraço


Vanessa Meirelles


Psicopedagoga Pesquisadora da Identidade Humana


Mestre em Psicologia Social pela PUC São Paulo


Membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPp 722


Membro Titular da Associação Brasileira de Psicomotricidade - ABP 751


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